Diferente de Salvador que perdeu posições entre as maiores cidades do país, a Bahia se manteve como o quarto maior estado do país, de acordo com dados do Censo 2022, divulgados nesta quarta-feira (28). O estado ocupa a mesma posição desde o Censo de 1980, atrás de São Paulo (44.420.459 habitantes em 2022), Minas Gerais (20.538.718) e Rio de Janeiro (16.054.524).
No entanto, a Bahia teve o terceiro menor crescimento populacional do país, entre os Censos de 2010 e 2022: 0,9% ou mais 119.511 pessoas em 12 anos. A taxa de crescimento geométrica do estado foi de 0,07% por ano, nesse período. Ela equivaleu a 1/10 da taxa de crescimento médio anual verificada entre os Censos de 2000 e 2010, que havia sido de 0,70%.
Entre 2010 e 2022, a população da Bahia cresceu muito menos do que a do Brasil como um todo, a taxas maiores apenas do que as registradas nos estados de Alagoas (0,2% em 12 anos ou média de 0,02% ao ano) e Rio de Janeiro (0,4% em 12 anos ou 0,03% ao ano).
Segundo o Censo Demográfico, em 31 de julho de 2022, o Brasil tinha 203.062.512 habitantes, 6,5% a mais do que em 2010, o que representou mais 12.306.713 pessoas em 12 anos. A taxa de crescimento geométrica do país foi de 0,52% ao ano.
Os estados com as maiores taxas de crescimento populacional frente ao Censo de 2010 foram Roraima (aumento de 41,3% na população em 12 anos, equivalendo a uma taxa de crescimento geométrica de 2,92% ao ano), Santa Catarina (21,8% em 12 anos ou 1,66% ao ano) e Mato Grosso (20,5% em 12 anos ou uma média anual de 1,57%).
Santa Catarina também teve destaque nacional no aumento absoluto do número de habitantes. São Paulo, estado mais populoso do país, liderou nesse indicador, com mais 3.158.260 moradores entre 2010 e 2022, mas Santa Catarina veio em 2o lugar (mais 1.361.165 pessoas). Goiás ficou com o 3o maior crescimento absoluto (mais 1.051.440 pessoas em 12 anos).
A Bahia, com mais 119.511 pessoas em 12 anos, teve apenas o 22o crescimento absoluto entre os 27 estados – ou o 6o mais baixo.
População cai em municípios
Entre os Censos de 2010 e 2022, 229 municípios baianos, o que representa mais da metade do total (54,9% dos 417), tiveram reduções nas suas populações. A diminuição no número de habitantes foi bem mais disseminada no estado do que entre os Censos de 2000 e 2010, quando 146 dos 415 municípios que existiam nos dois anos (35,2%) viram seus totais de moradores caírem.
Em termos proporcionais, as maiores quedas de população, entre 2010 e 2022, ocorreram em Caatiba (-45,7% no período, chegando a 6.205 habitantes), Ubatã (-35,6%, indo a 16.111 pessoas) e Gongogi (-33,6%, ficando com 5.549 habitantes). Em termos absolutos, Salvador liderou (menos 257.651 pessoas entre 2010 e 2022), seguida por Itabuna (-17.959 pessoas, indo a um total de 186.708) e Candeias (-10.776, chegando a 72.382 habitantes)
Mas a Bahia também teve destaque nacional com um município que esteve entre os líderes em crescimento da população.
Com um aumento de 79,5% no número de habitantes (mais 60.105 pessoas), entre 2010 e 2022, Luís Eduardo Magalhães, no Oeste, chegou a uma população de 107.909 moradores recenseados. Foi a cidade com a maior taxa de crescimento da Bahia e teve a 3a maior taxa de crescimento entre os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. Nacionalmente, perdeu apenas para Senador Canedo/GO (+84,3%) e Fazenda Rio Grande/PR (+82,3%).
Luís Eduardo Magalhães também foi um dos 33 municípios brasileiros que pelo menos duplicaram o total de domicílios entre 2010 e 2022. Ficou em 27o lugar, subindo de 21.834 para 44.740 residências recenseadas no período (+104,9%).
Na Bahia, abaixo de Luís Eduardo Magalhães, as maiores taxas de crescimento populacional ficaram com municípios pequenos: Nordestina (+48,8%, chegando a 18.402 habitantes em 2022) e Rodelas (+32,6%, indo a 10.308 pessoas).
Já em termos absolutos, as cidades que mais agregaram população ao estado, entre 2010 e 2022, foram Vitória da Conquista (mais 64.002 pessoas, indo a 370.868 habitantes), Feira de Santana (+59.637 pessoas, chegando a um total de 616.279) e Camaçari (+56.609, indo a 299.579 habitantes). Luís Eduardo Magalhães veio logo em seguida, com o 4o maior aumento absoluto de população, na Bahia, entre os Censos de 2010 e 2022 (+47.804 pessoas).