O assunto “Impeachment Bolsonaro” foi, por determinado tempo, o mais comentado do Brasil, no Twitter, nesta sexta-feira (17/5). A hashtag (#) ‘subiu’ após o presidente ter distribuído, na manhã de hoje, em grupos de WhatsApp, um texto de “autor desconhecido” sobre as dificuldades encontradas para governar o país.
O texto diz que o presidente está sofrendo pressões de todas as corporações, em todos os Poderes e afirma que o País “está disfuncional”, não por culpa de Bolsonaro, mas que “até agora (o presidente) não fez nada de fato, não aprovou nada, só tentou e fracassou”.
Quando compartilhou, o presidente escreveu: “Um texto no mínimo interessante. Para quem se preocupa em se antecipar aos fatos sua leitura é obrigatória. Em Juiz de Fora (06/set/2018), tive um sentimento e avisei meus seguranças: Essa é a última vez que me exporei junto ao povo. O Sistema vai me matar. Com o texto abaixo cada um de vocês pode tirar suas próprias conclusões.”
RENÚNCIA
Para o cientista político Alberto Carlos Almeida, a carta indica a possibilidade de renúncia. “É sim uma carta de renúncia, mas vinda de Bolsonaro pode ser qualquer coisa. Ele é muito burro: não conhece a língua portuguesa, não sabe utilizar símbolos, não entende dos detalhes da política. Assim, para ele, essa carta pode ser qualquer coisa”, disse pelo Twitter.
Em outro momento, ele fala que “Quem tem a vocação para a política, não renuncia. É renunciado. O sistema político não obriga ainda a renúncia de Bolsonaro. Se ele o fizer é porque não gosta realmente de política”.