O enterro do vereador André Luiz Ferreira de Araújo, 38 anos, mais conhecido como Júnior CCA, aconteceu sobre forte comoção nesta segunda-feira (25/1), na cidade de Candeias, região metropolitana de Salvador. Ele foi assassinado e sua esposa baleada no domingo (24/1). A companheira, mesmo ferida, compareceu à cerimônia em uma cadeira de rodas. Foi necessário que ela assinasse um termo para deixar o Hospital Geral do Estado (HGE), onde está internada e para onde voltará após o enterro, para fazer uma cirurgia.
O velório aconteceu na Câmara de Vereadores da cidade, já que Júnior havia acabado de tomar posse para seu primeiro mandato. Em cima do caixão, parentes e amigos colocaram alguns objetos usados pela vítima, inclusive um chapéu de palha em alusão ao bloco de São João criado por ele.
O prefeito da cidade, Dr. Pitagóras, esteve presente e ajudou a carregar o caixão. O deputado estadual Pastor Sargento Isidório também participou da cerimônia. Depois, o corpo seguiu para o Santuário Nossa Senhora das Candeias
O casal foi baleado por dois homens, a bordo de duas motocicletas. Além de Júnior e sua esposa, outras cinco pessoas também foram atingidas, mas o estado de saúde delas não foi divulgado.
RELEMBRE O CASO
Militares da 10ª CIPM foram acionados pelo Centro Integrado de Comunicação (Cicom) e se deslocaram para a Rua Wanderley de Araújo Pinho, onde o crime ocorreu, por volta das 20h30 de domingo. No local, a guarnição isolou a área e acionou o Serviço de Investigação em Local de Crime (Silc) para realizar a perícia e remoção do corpo. Os outros feridos foram socorridos por populares antes da chegada dos PMs. O caso será apurado pela 20ª DT/Candeias.
De acordo com um Boletim de Ocorrência ao qual o Aratu On teve acesso, assinado em outubro de 2017, o vereador já havia alertado a polícia sobre uma ameaça de morte. A mensagem teria chegado através do aplicativo WhatsApp, enviada por um homem que queria a todo o custo vagas de emprego na Refinaria Landulfo Alves.
Na época, Júnior da CCA ainda não atuava como parlamentar. O nome do suposto autor foi dado aos policiais pela vítima. A atualização da ocorrência, porém, não foi citada pelas autoridades.
Mais recentemente, em outubro de 2020, André foi novamente à delegacia. Na oportunidade, ele relatou que foi caluniado, após mensagens no WhatsApp sustentarem que ele seria um traficante perigoso e teria mandado retirar órgãos genitais de um homem.
Agora, a Polícia Civil deve investigar se há relação entre as ocorrências registradas por ele e o crime.
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