A situação cada vez mais crítica do Brasil no enfrentamento à pandemia de Covid-19 tem feito crescer o apoio de grandes empresários ao lockdown. Medida defendida em carta aberta assinada por economistas, banqueiros e empresários, e agora reforçada por grandes nomes do setor privado com o fundador da Totvs, Laércio Cosentino.
Na análise dele, faz-se necessário um lockdown curto, mas acompanhado de intensas campanhas para conscientizar a população, bem como um planejamento do transporte público com redução de aglomerações.
Assim como ele pensa o presidente do conselho de administração da Ânima Educação, Daniel Castanho, que diz que é preciso agir rápido. Ele ressalva que os fechamentos não deveriam ser aplicados em lugares onde o contágio estiver controlado, e a medida seria uma forma de corrigir erros de 2020.
“Um absurdo ter proibido as escolas de abrirem no ano passado. Agora, neste momento em que os hospitais estão lotados, chegamos a um ponto em que não dá. Eu sou a favor do lockdown agora. E, infelizmente, com impacto na economia, várias pessoas estão desesperadas, passando fome. Tem que distribuir cesta básica. Estamos com uma situação muito complexa”, diz o empresário, segundo a coluna Painel, da Folha.
“Só chegamos nisso porque, no momento em que estavam morrendo 300 por dia, as UTIs com ocupação de 10%, fechamentos escolas, restaurantes. E, do outro lado, não tivemos agilidade para termos as vacinas, para conseguirmos nos estruturar para que pudéssemos voltar o mais rápido possível. Foi feito tudo errado. Mas agora, de maneira bem pragmática, eu sou a favor do lockdown nesse momento porque está faltando UTI. Várias pessoas estão morrendo por falta de infraestrutura. Isso a gente não pode permitir”, acrescentou ele.
investidor Lawrence Pih defende o lockdown como única medida efetiva no momento, apesar das dificuldades que traz à população mais carente. “Se as medidas mais restritivas, as aquisições de vacinas, o apoio ao uso de máscaras e o distanciamento social tivessem sido implementados e encorajados, não estaríamos nesta situação dramática de hoje”, afirma Pih. (Bahia.Ba)