O presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, afirmou, nesta quinta-feira (13/5), à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid que a farmacêutica norte-americana fez três ofertas de venda de sua vacina contra Covid-19 ao governo brasileiro em agosto de 2020.
Ao relator Renan Calheiros (MDB-AL), o executivo da Pfizer informou que as primeiras reuniões com o governo brasileiro para a aquisição de vacinas ocorreram em maio e junho.
“Foram reuniões iniciais e exploratórias. Como resultados, no mês de julho, fornecemos uma expressão de interesse, em que resumimos as condições do processo que a Pfizer estava realizando em todos os países no mundo”.
Murillo afirmou que, na ocasião, no dia 14 de agosto, foram feitas duas ofertas de vacinas, uma prevendo a entrega de 30 milhões de doses e uma segunda de 70 milhões de doses do imunizante, desenvolvido em parceria com a alemã BioNTech.
O executivo da Pfizer afirmou ainda que, no dia 26 de agosto, foi feita uma terceira proposta, de 30 milhões de doses da vacina.
Murillo é questionado sobre as tratativas iniciais com o Governo Federal a respeito da aquisição de vacinas produzidas pela farmacêutica e todo o processo até que foram assinados os contratos com o Brasil.
Na quarta (12/5), o ex-secretário de comunicação do governo, Fabio Wajngarten, repassou aos parlamentares da comissão informações sobre as negociações entre o governo federal e a farmacêutica. De acordo com ele, a Pfizer emitiu uma carta endereçada à alta cúpula do Palácio do Planalto para as negociações da vacina em 12 de setembro do ano passado. No entanto, o documento só foi respondido em 9 de novembro.
Até o momento, a comissão no Senado já ouviu os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga, o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, e Fabio Wajngarten. Na próxima semana será a vez do ex-ministro Eduardo Pazuello prestar depoimento, além de outro ex-ministro, o ex-chanceler Ernesto Araújo.
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