O percentual de famílias brasileiras com dívidas em atraso ou não alcançou 74,6% em outubro deste ano. O número foi o maior já registrado pela Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), iniciada em janeiro de 2010. Antes de julho deste ano, a parcela nunca havia chegado a mais de 70%.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 29, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo informações da Agência Brasil, desde julho, o percentual de endividados no Brasil, já em alta há 11 meses, supera os 70%. No mês de setembro, o índice havia chegado a 74%. Em outubro do ano passado, o percentual era de 66,5%.
O número de inadimplentes, famílias que têm contas ou dívidas em atraso, aumentou em outubro deste ano (25,6%), quando comparado a setembro (25,5%). No entanto, foi registrada uma queda em relação a outubro de 2020 (26,1%).
Já o percentual de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas ou contas caiu para 10,1% em outubro deste ano, abaixo dos 10,3% do mês anterior e dos 11,9% de outubro do ano passado.
A parcela média da renda comprometida com dívidas manteve-se estável em 30,2%. A maioria das dívidas (84,9%) envolve cartão de crédito. O tempo médio de atraso na quitação das dívidas dos inadimplentes é o menor desde março deste ano: 61,4 dias. Fonte: A Tarde