A Coreia do Norte reconheceu nesta quinta-feira (12) seu primeiro surto de Covid-19 no país desde o início da pandemia e declarou uma “grave emergência nacional”, o que levou Kim Jong Un a ordenar o confinamento em todo o país.
Até agora, a empobrecida nação não havia admitido nenhum caso de coronavírus. O país decretou no início de 2020 um bloqueio severo com o exterior, o que derrubou sua economia e comércio.
A agência oficial de notícias KCNA informou que as amostras coletadas de vários pacientes doentes com febre em Pyongyang no domingo eram “consistentes” com a altamente contagiosa variante ômicron do coronavírus.
De acordo com a agência, o líder norte-coreano Kim Jong Un convocou uma reunião de emergência de seu gabinete político e anunciou que implementaria um sistema de controle do vírus de “emergência máxima” com o objetivo de “eliminar a raiz no menor tempo possível”.
“Kim ordenou a todas as cidades e municípios do país que adotem o confinamento cuidadoso em suas áreas”, afirmou a KCNA.
Fábricas, estabelecimentos comerciais e residências devem permanecer fechados e reorganizados para “bloquear de maneira impecável a propagação do vírus maligno”, insistiu a agência estatal.
“Kim garantiu que, devido ao alto nível de conscientização política da população, superaremos com toda segurança a emergência e teremos êxito com o plano de quarentena de emergência”, acrescentou.
O comunicado pouco transparente não revela quantos casos foram detectados no país.
“Para que Pyongyang admita publicamente casos de ômicron, a situação de saúde pública deve ser grave. Pyongyang provavelmente vai insistir com os confinamentos, apesar do fracasso da estratégia Covid zero da China sugerir que esta abordagem não funciona com a variante ômicron”, disse o professor Leif-Eric Easley da Universidade Ewha de Seul.
Sem vacinas?
Analistas acreditam que a Coreia do Norte não vacinou nenhum de seus 25 milhões de habitantes depois de rejeitar as ofertas de doses da Organização Mundial da Saúde (OMS), da China e da Rússia.
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