As gêmeas siamesas separadas que nasceram em Goiânia apresentaram melhoras nesta terça-feira (28) e já respiram sem a ajuda de aparelhos. Elas estão em estado grave, mas se alimentam com uma dieta líquida por meio de uma sonda.
Segundo a equipe médica, ainda não há previsão de alta médica, mas Débora e Catarina já mostram uma recuperação após a cirurgia de separação. A quantidade de medicação dada a elas também foi reduzida.
As irmãs seguem internadas na UTI do Hospital Materno Infantil. O quadro delas é estável. As siamesas nasceram no dia 22 de agosto unidas pelo tórax e abdômen. Elas compartilhavam o fígado. No dia seguinte ao parto, as duas foram separadas em caráter de urgência. Já a mãe recebeu alta médica e passa bem.
Inicialmente, as duas estavam em estado gravíssimo e eram alimentadas pela veia. Porém, foram apresentando melhoras com o passar dos dias.
A mãe das meninas saiu de Salvador (BA) com o marido para realizar o parto em Goiânia. Débora, a irmã maior, nasceu com uma malformação no coração que ocasionou dois problemas. Por isso, ela precisa de uma cirurgia com urgência, mas como ainda está debilitada, não é possível precisar quando o procedimento será feito.
O primeira problema no coração é a transposição das grandes artérias, quando a aorta, responsável por levar o sangue oxigenado, está ligada ao ventrículo direito, que recebe o sangue venoso.
O outro problema é uma conexão entre as câmaras do coração, que faz com que os sangue oxigenado se misture com o venoso. “Mas é essa comunicação que a mantém viva, porque o sangue consegue se misturar e ser oxigenado. Porque senão o sangue estaria indo para o local errado”, explicou o cirurgião cardiovascular Wilson Silveira, que acompanha as gêmeas desde a separação.
O médico disse que o procedimento é complexo, com taxa de mortalidade entre 5% e 30%, e, em bebês saudáveis, é indicado que seja feito até os dois meses após o nascimento. “Mas no caso dela, ainda não é possível saber quando vai ser possível fazer a operação, porque a cirurgia de separação é muito grande, ela ainda está se recuperando”, disse o médico. Fonte: G1.