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Clínicas particulares brasileiras negociam compra de vacina da Índia; imunizante já foi liberado no país de origem

A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) está negociando com a farmacêutica Bharat Biotech a compra de cinco milhões de doses de uma vacina contra a Covid-19. Membros da entidade viajam nesta segunda-feira (4/11) para a cidade de Hyderabad, capital do estado de Telangana, no sul da Índia, para conhecer a fábrica da farmacêutica.

Produzida no país asiático, a Covaxin já pode ser aplicada em caráter emergencial por lá, conforme autorização concedida pelas autoridades locais no último sábado (2/1). Falta ainda o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser distribuída no Brasil.

Segundo a Agenda Brasil, a liberação do órgão envolve diversas etapas até o registro e outras informações de vacinas contra a Covid-19. O processo estabelecido pela agência envolve a observação de possíveis reações adversas, a fase de avaliação de qualidade, de certificação de boas práticas de fabricação, o pedido de uso emergencial, o pedido de registro e o monitoramento do plano de gerenciamento de risco.

A empresa tem capacidade de produzir 300 milhões de doses, sendo que uma parcela deverá atender ao país de origem. A associação representa 200 clínicas, que equivalem a 70% do mercado privado nacional e terão prioridade na aquisição da vacina.

De acordo com a ABCVAC, o imunizante é administrado em duas doses, com intervalo de duas semanas entre elas, e induziu um anticorpo neutralizante, provocando uma resposta imune e levando a resultados eficazes em todos os grupos de controle, sem eventos adversos graves relacionados. Na última fase antes da liberação para uso emergencial, ela foi aplicada em 26 mil voluntários em 22 localidades da Índia.

Até o momento, o governo federal ainda não indicou uma data para início da vacinação no Brasil. Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Saúde disse que o calendário deverá ser realizado no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme previsto no Plano de Operacionalização da Vacinação. A pasta diz ainda que, mesmo com a negociação entre a ABCVAC e a Bharat Biotech, a imunização irá respeitar a ordem de grupos, priorizando os já definidos como prioritários. 

Leia a matéria original em AratuOn

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