Em live realizada na noite desta quinta-feira (14/1), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, falaram sobre a situação em Manaus, no Amazonas, que vive um colapso no sistema de saúde.
Segundo Pazuello, a capital amazonense não teve “a efetiva ação no tratamento precoce, no diagnostico clínico, e isso impactou muito a gravidade da doença”.
“É um absurdo termos pessoas no Brasil pleiteando que uma pessoa com Covid-19 fique em casa esperando agravar. E depois que agravar vá para o tubo. O percentual, hoje, de tubo, é de acima de 70% de morte”, disse o ministro.
Bolsonaro, por sua vez, disse: “Alguns querem ‘botar no meu colo’ e no do Pazuello que somos genocidas. Até pouco meses, o Brasil estava em primeiro no ranking de milhções de habitantes. Agora está em vigésimo. Por quê? Porque tem tratamento precoce, não tem outra explicação”.
COLAPSO NO SISTEMA DE SAÚDE
Manaus tem sofrido bastante com a segunda onda da pandemia de Covid-19. O sistema de saúde da capital amazonense entrou em colapso nos últimos dias e pacientes têm sofrido com a falta de oxigênio. Por isso, nesta quinta-feira, o governador do Amazonas, Wilson Lima, decretou toque de recolher na cidade, das 19h às 6h. Apenas trabalhadores de serviços essenciais estão autorizados a circular fora do horário estabelecido. As farmácias poderão funcionar apenas para entrega em domicílio.
EM TEMPO
Também nesta quinta, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), colocou 30 leitos à disposição de pacientes do Amazonas com Covid-19 em situação “menos grave”. Por meio do Twitter, Rui informou que ligou para Wilson Lima manifestando solidariedade e colocando os leitos à disposição. “Responsabilidade e solidariedade são palavras de ordem p vencermos esta guerra que já vitimou mais de 200 mil brasileiros”, escreveu o governador da Bahia.
Acabei de ligar para o governador do Amazonas, Wilson Lima, manifestando solidariedade. Coloquei 30 leitos à disposição dos pacientes amazonenses menos graves. Responsabilidade e solidariedade são palavras de ordem p vencermos esta guerra q já vitimou mais de 200 mil brasileiros.
— Rui Costa (@costa_rui) January 14, 2021
REPERCUSSÃO
Nas redes sociais, “Oxigênio Para Manaus” é um dos assuntos mais comentados do momento, ganhando a atenção de famosos como Tatá Werneck, Bruno Gagliasso e até do ator mexicano Alfonso Herrera. Gagliasso, inclusive, disse que o presidente da República, Jair Bolsonaro, é “incapaz de cuidar do seu povo” e cobrou falou em impeachment, marcando o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, no comentário.
‘LOGÍSTICA DE GUERRA’
O Governo Federal informou que, atendendo à solicitação de Wilson Lima, as Forças Armadas transportarão, entre hoje e amanhã, 50 toneladas de equipamentos e materiais para a montagem de Hospital de Campanha (HCAMP) em Manaus.
Dois aviões KC-390 Millennium, da Força Aérea Brasileira (FAB), decolaram rumo à Capital do Amazonas na quarta-feira (13). As aeronaves, com 25 toneladas de carga, saíram do Rio de Janeiro, onde foram carregadas com 20 barracas climatizadas, 20 climatizadores e três geradores, entre outros insumos de saúde.
Nesta quinta-feira, ainda segundo o Governo Federal, uma aeronave KC-390 decolaria de Recife rumo a Manaus com 25 toneladas de materiais para a montagem de hospital de campanha. Entre os itens estão: sete barracas, nove ar condicionados, 42 luminárias e dois geradores, entre móveis e equipamentos hospitalares.
Foi informado, ainda, que as Forças Armadas transportariam, nesta madrugada, em caráter de urgência, cilindros de oxigênio hospitalar para a capital amazonense. “A missão, com logística de guerra, teve início na sexta-feira passada (8) e deve terminar no próximo domingo (17). No total, 386 cilindros de oxigênio deverão ser transportados por aviões C-130 (Hércules), da Força Aérea Brasileira (FAB), para o estado”.
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