Um incêndio causado pela explosão de um tanque de oxigênio em um hospital que trata pacientes com covid-19 em Bagdá, no Iraque, matou pelo menos 82 pessoas e obrigou algumas a pularem do prédio em chamas pelas janelas, disseram testemunhas e autoridades neste domingo.
Enquanto as equipes de resgate vasculhavam o prédio carbonizado, o primeiro-ministro Mustafa al-Kadhimi culpou a negligência e suspendeu seu ministro da Saúde, Hassan al-Tamimi. Será realizado um inquérito sobre o incêndio, ocorrido no sábado (24), no hospital Ibn Khatib.
Cerca de 110 pessoas ficaram feridas, disse o porta-voz do Ministério do Interior, Khalid al-Muhanna. A maioria dos mortos e feridos eram pacientes.
Já dizimado pela guerra e por sanções econômicas, o sistema de saúde do Iraque tem encontrado dificuldades para lidar com a crise do novo coronavírus, que matou 15.257 pessoas e infectou mais de 1 milhão.
As forças de segurança isolaram o hospital, que fica na área da ponte Diyala na capital iraquiana, onde destroços carbonizados e vidros estilhaçados se espalharam pelo chão.
Conforme as chamas se espalhavam no sábado, parentes dos pacientes lutavam para salvar seus entes queridos, com alguns conseguindo tirá-los do perigo.
“Levei meu irmão para a rua. Depois voltei e subi até o último andar, que não estava pegando fogo. Encontrei uma menina sufocando, tinha cerca de 19 anos. Ela estava prestes a morrer”, disse Ahmed Zaki à Reuters.
“Peguei ela nos ombros e desci correndo. Os médicos pulavam em direção aos seus carros. Muita gente pulou. E continuei subindo dali, peguei algumas pessoas e desci de novo.”
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